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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O pequizeiro - colheita

Aqui um pedacinho da "COLHEITA DO PEQUI" aqui na Escola casa Verde. Você conhece um pequizeiro?

"(...) Ele semeava tranqüilo
sem pensar na colheita
porque muito tinha colhido
do que outros semearam."
(Cora Coralina)


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Uma visita especial



Escola pressupõe: currículo, planejamento... , porém, nada pode ser maior que a vida. Uma educação sensível agrega às grades curriculares a vida e a alegria, tão pulsantes na infância.



domingo, 1 de dezembro de 2013

Uma pausa para a Matemática


“ A disciplina intelectual do educando (..) ganha sentido real 
quando se vai constituindo nesta relação curiosa entre ele, educando, 
como sujeito que conhece, e o objeto a ser conhecido.” (Paulo Freire)



 Nosso trabalho na escola é assim, um escarafunchar constante. Plantamos e colhemos os frutos, cuidamos do jardim, conversamos sobre as nossas tarefas, tratamos dos animais, fabricamos a nossa comida . A matemática, a linguagem, as ciências todas se fazem presentes  a cada ação. Qualquer que seja a proposta de construção conjunta, a  lógica esta presente: descrevendo, comparando,  agrupando, medindo, retirando, complementando, observando, marcando o tempo, o espaço, quantificando os objetos, as plantas, os animais...O mundo é assim, todo imbricado, e está a exigir-nos competências várias. Onde há uma ação reflexiva mais que os cálculos a vida esta presentes  cobrando atitude, coragem, ação e reflexão.

                                     

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Repartindo o verbo AMAR liberto de qualquer gramática.



Repartindo o verbo AMAR liberto de qualquer gramática.



"Foi preciso conter o desejo da mão.
Fechamos os olhos para ver melhor. 
Sem ver: enxergamos, ouvimos, sentimos o inaudível. 
É assim que se apreendem as lições da terra 
e de tudo que nela habita. "

(trecho de relatório de atividades da Escola Casa Verde)




quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Salvando a jabuticabeira

Patrulha da Jabuticaba:
A mudança da jabuticabeira para a Casa Verde


"As plantas me ensinavam de chão.
Fui aprendendo com o corpo.
Hoje sofro de gorjeios nos lugares puídos de mim.
Sofro de árvores."

Manoel de Barros (Compêndio para uso de pássaros)



Percebendo a nossa vontade de chafurdar a terra, o professor João Batista parou a Patrulha e convidou:

Vamos trabalhar com a terra? 

A alegria foi geral. Sentamos em volta daquele buracão, prontos para qualquer tarefa. Foi preciso conter o desejo das mãos, ávidas por terra, adiar a alegria da futricação, pois antes de por a mão na massa, quer dizer, na terra, João ensinou-nos a demorar o olhar por sobre as coisas a nossa volta. Foi ai que fechamos os olhos para ver melhor. Elencamos tudo o que víamos, sem ver: Bananeira, alamandra, sabiá, buriti, dipladênia, minhoca, coró de pau, lagarto, “ Casal Passarão” que é um casal de pássaros gigantes que moram no buriti, Cigarra...

- E canto de cigarra professor, vale também? – Perguntou o Rafael. 

 Ai pronto, a lista não acabava mais. Elencamos o que não víamos, mas ouvíamos, sentíamos: vento, Cheiro de terra, mosquito, dor de barrigal... choro do João Gabriel, briga do Lui, Manuel de Barros poetando: Eu queria que minhas palavras, de joelho no chão pudessem ouvir as origens da terra”, que a Alexandra escreveu no vaso bem ali, Saíram coisas do arco da velha...

João explicou-nos que só é possível apreender o silencio e o som, a vida e a morte, o cheio e o vazio, ou mesmo as lições de tudo que é bichos, planta, gente, etc. se fecharmos os olhos. Assim, sem ver, enxergamos, ouvimos, sentimos os carecimentos da terra e de tudo que nela habita. 


Andamos mesmo precisando exercitar a demora do olhar, o silencio mais profundo. João explicou ainda que separou a terra que tirou para fazer o buraco assim: a que estava na parte de cima do solo ficou de um lado e a que estava mais profunda, do outro. O monturo de terra que estava mais superficial tinha uma coloração escura por causa dos nutrientes, processados por um batalhão de seres pequeninos, quase imperceptíveis, trabalhadores incansáveis a transformar matéria orgânica em humos. As raízes de nossa futura moradora seriam cobertas apenas com a terra preta, boa para fornecer-lhe todos os nutrientes necessários a sua recuperação.

Havia no monturo de terra preta muitos insetos. 
Dentre eles, uma família enorme de cupins. Havia também uma infinidade de matéria ainda não processada o que por certo atrairia aquele exército de soldadinhos, recrutados na infantaria da terra. Minúsculos em estatura, mas fortes, renitentes e prontos para o combate organizado e silencioso. Todo cuidado era pouco para mantê-los afastados das raízes frágeis que estavam por vir. Nossa tarefa agora era afastar qualquer sinal de morte que pudesse atraí-los. O que transformaria nossa jabuticabeira em humos antes do tempo. 

E foi graveto, fragmentos de grama, pau, folhas secas, pedaços de raiz, pra um lado e terra preta pro outro. 
Enquanto garimpávamos os restos de ramo, graveto,... a professora Elizete lembrou que a palavra 'homem' deriva da palavra 'humos' que quer dizer origem de todas as coisas inclusive da vida. 

– Observem a matéria que separamos da terra. 

Cada uma tinha uma forma de vida, agora estão todas aqui no mesmo monturo, transformando-se em humos para ganhar novas formas de vida. A palavra ”humilde” também deriva de humos por causa desse processo. Decompor-se, e recompor-se em favor de uma nova vida. Reduzir-se em partículas extremamente minúsculas para depois reunir-se à terra, somando força em favor de um objetivo nobre e de extrema importância, no nosso caso, garantir a vida da nossa jabuticabeira.

Nosso trabalho na escola é assim, um escarafunchar constante. Plantamos o jardim, conversamos sobre as nossas tarefas, cuidamos dos animais, fabricamos a nossa comida, colhemos os frutos, trabalhando a terra feito bicho, numa escavação constante. Tatuzinhos cavando a própria casa, a própria morte, a própria sorte. . .

E foi tatu pra todo lado Tatuzando, que é o mesmo que tatu tá. Vem tatuzar também! Vamos precisar de muitos tatuzinhos e tatuzão, daqueles bem fortes pra ajudar a transportar e plantar uma jabuticabeira enorme.

Mas esta história fica para uma outra vez.


Relatório elaborado pelos alunos e professores do grupo de 7 a 8 anos.


“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. 
Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.”

Cora Coralina


terça-feira, 22 de outubro de 2013

Nascimento da primeira ninhada

No canto da casa da árvore, professor João fez uma casinha para abrigar Lampião e a Maria Bonita. Essa morada ficou tão pequena, mas tão pequena, que faz de conta que nossa Casinha de Bambuê virou o castelo daquele outro João, o da estória, que plantou o pé de feijão. E nós, viramos uns gigantes barulhentos e curiosos, bem querendo conquistar a confiança dos novos vizinhos.
Maria Bonita é a nossa galinhazinha galizê. Gostou muito do ninho e foi logo se ajeitando. cantarolou, ciscou de lado, juntou gravetos e pronto, agora sim, aninhou-se sossegada.
Também, com tantos ajudantes!
Uma porção de olhinhos curiosos, fazendo silêncio, não balançando a ponte, cobrindo de mimo aquele casalzinho apaixonado! Trouxemos palha, grama seca e tudo o mais que servisse pra aquecer o ninho. Foi aí que o professor João trouxe e nos apresentou o indez. Na palma da mão ele mostrou pra gente, lisinho e redondo, um ovo. Explicou que, indez, é o primeiro ovo, aquele que inaugura a ninhada. E não é que deu certo! Maria Bonita destramelou a botar. Uma porção de ovos miúdos, branquinhos, delicadas caixinhas de guardar vida. Todos os dias a cantoria era certa: bote-bote-bote botei ovo! botei ovo! Gritava a galinha galizé que é bem pequena, mas faz um barulhão danado quando bota. Porque ela quer que toda a gente fique sabendo do seu ovo.

e bota 1, e bota 2, e bota 3, 
e bota 4, e bota 5, e bota 6,
e bota 7, e bota 8,e bota 9, 
e bota 10!

Uma dezena de dias de muita cantoria! Uma dezena de caixas redondinhas, sem chave, nem campainha.

- Mas, professor, como os pintinhos vão sair daí?

- Como vão respirar, se está tudo fechado?

- E se a gente fizer uma janelinha pra eles espiarem o mundo?

Até que passados uns dias, a cantoria e o alarido cessaram. Não se via mais Maria Bonita passeando pelo terreiro. Porque ela só queria ficar quietinha no ninho, agasalhando os ovos, vigiando as horas. Com toda a paciência do mundo! Demorou 21 dias para que o professor Eduardo anunciasse a chegada dos pintinhos. Eles bicavam a casca dura do ovo, punham o bico de fora e se mexiam até quebrar a caixinha e ganhar o mundo.

"Afagar a terra, conhecer os desejos da terra..."

    

      Hoje saímos da sala pra sentir a cor do vento, ouvir o cheiro do sol, sentir o gosto do ar, a textura do céu. E lá estava o professor João Batista, estudioso das pequenas e grandes coisas do chão. Ele estava cuidando da terra, para melhor sustento das plantas.
     


___ Mas a terra já não vem pronta? Alguém teve a ideia de perguntar. 

E o professor explicou:

 "Ensinar exige convicção de que mudanças são possíveis"       P. Freire
  
__ Se não descompactarmos a terra, ela não consegue abraçar a raiz.  Olhem devagar, sintam a textura da terra, dura e seca, apesar de tanta chuva que tem caído. Sabem por quê? 


     A gente ainda não sabia.




__ Porque o grilo, a cigarra, a minhoca não moram mais aqui. Nenhum bichinho escava cavernas ou come restos de folhas para fabricar o húmus que fortalece a planta e sustenta a vida. Daí, a terra fica assim, só servindo pra gente pisar em cima.  Desse jeito, quando cai a chuva, em vez de trazer bonança,  vem arrastando pau, pedra, lixo. ... Assoreia os rios, derruba pontes, abre crateras. E no lugar de trazer vida, traz enchente, alaga ruas, destrói casas e provoca destruição. A natureza é sábia, não fosse a ação humana, devastando tudo, o ir e vir das flores e bichos aconteceria naturalmente. Agora, antes de plantar, precisamos dar uma mãozinha à terra.


Nossos olhos estavam grandes assim, compreendendo o tamanho do mundo. Então, antes de transplantar as primeiras mudas, que há alguns dias semeamos, resolvemos fazer uma dança em homenagem à terra. Num minuto a ciranda se desfez e se refez, e já éramos então uns curumins tapuios, de mãos dadas, dançando o “Uarirê”, saudando terra e sol.
  
Depois pedimos licença pra mãe terra, arrancamos parte da raiz da mandioca e seguimos em direção à cozinha para transformá-la em alimento e compartilhar o gosto do que foi ensinado e aprendido.
( relato de atividade - professora Elizete e alunos do 1º e 2º ano)

          
                                                          

Salvando a jabuticabeira

Patrulha da Jabuticaba:
A mudança da jabuticabeira para a Casa Verde


"As plantas me ensinavam de chão.
Fui aprendendo com o corpo.
Hoje sofro de gorjeios nos lugares puídos de mim.
Sofro de árvores."

Manoel de Barros (Compêndio para uso de pássaros)



  ...Percebendo a nossa vontade de mexer  a terra, o professor João Batista parou os  Patrulheiros da Jabuticaba e propôs: 
Vamos trabalhar com a terra? Sentamos em volta do buraco doidos para começar a futricação. Primeiro ele  explicou porque separou  em dois grandes montes a terra que tirou  do buraco. A terra que estava na parte de cima do solo ficou de um lado e a que estava mais profunda do outro. Adiou ainda mais a alegria porque antes de por a mão na massa, quer dizer, na terra  ele ensinou-nos a demorar o olhar por sobre as coisas a nossa volta. O prof. João Batista pediu que fechássemos os olhos para ver melhor. Juntos elencamos tudo o que víamos,  sem ver. Aprendemos então que só é possível demorar o olhar se fecharmos os olhos. Assim, sem ver, enxergamos, ouvimos, sentimos  o inaudível. Ai sim,  aprenderiamos as lições da terra, e de tudo que nela habita.
  
 Segundo o professor João Batista, o buraco fôra escavado na forma arredondada para assimilar melhor as energias da terra. Desta maneira o campo energético da árvore não se interromperia, favorecendo a manutenção da vida da mais  nova moradora da Casa Verde.


  O monturo de terra que estava mais próximo da superfície tinha uma coloração  mais escura por causa dos nutrientes, processados por um batalhão de seres pequeninos, quase imperceptíveis, trabalhando incansavelmente  transformando matéria orgânica em humos,  
essenciais  a manutenção da vida no planeta.  - Explicou o professo João. 


 Tudo isso era para  cobrir as raízes de nossa futura moradora apenas com a terra mais escura, completamente pronta para fornecer todos os nutrientes de que ela precisaria. E foi graveto, fragmentos de grama, pau, folhas secas, pedaços de raiz, pra um lado e terra pro outro. Selecionamos da terra fértil  todas as matérias  ainda não  processadas pelo exército dos pequeninos soldados, recrutados na infantaria da terra. Estes fragmentos iriam atraí-los e  por certo atacariam também as raízes ainda convalescentes da nossa jabuticabeira. Ao mudar uma árvore adulta de um lugar para outro, muitas raízes se rompem e morrem. Isso atrai os trabalhadores da terra, ávidos por triturar as raízes em decomposição. Todo cuidado era pouco para mante-los longe. Qualquer sinais de morte,  atrairia aquele  exercito Minúsculo em tamanho, mas forte, renitente,  unidos e organizados. Estão sempre prontos  para o combate, silenciosos, espertos e prontos para o ataque o que poderia fazer nossa futura moradora transformar-se em humos antes do tempo. Portanto  todo cuidado era pouco para mante-lo afastados das raízes frágeis que estavam por vir. 



    


 Ali mexendo a terra, encontramos uma infinidade desses bichinhos. Dentre eles, uma família enorme de cupins eficientes trituradores  transformando matéria orgânica em humos.



       A professora Elizete lembrou que  a palavra 'homem' deriva da palavra 'humos' como a  origem dos elementos e da vida da terra. A palavra ”humilde” também deriva de humos  por causa desse gesto: reduzir-se em favor do outro. Reduzir-se em partículas extremamente minúsculas para depois unir-se novamente à terra em favor de um objetivo nobre e de extrema importância para a vida das plantas, dos bichos e de tudo que garante a manutenção do equilíbrio do planeta.


Relatório elaborado pelos alunos e professores do grupo de 7 a 8 anos. 


“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. 
Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.”

Cora Coralina


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Trabalho em grupos



Na Casa Verde o primeiro momento do dia é muito especial, um dos mais mais importantes, quando aprendemos e ensinamos, trabalhando todos juntos, em agrupamentos produtivos.

Os agrupamentos acontecem de forma espontânea ou orientada, por competências ou afinidades, possibilitando diálogos e trocas de conhecimento que favorecem o desenvolvimento de todos.


   



"Um grupo se constrói no espaço heterogêneo das diferenças entre cada participante: da timidez de um, do afobamento do outro; da serenidade de um, da explosão do outro; do pânico velado de um, da sensatez do outro; da seriedade desconfiada de um, da ousadia do risco do outro; da mudez de um, da tagarelice de outro; do riso fechado de um, gargalhada debochada do outro; dos olhos miúdos de um, dos olhos esbugalhados do outro; de lividez do rosto de um, do encarnado do rosto do outro. Um grupo se constrói enfrentando o medo que o diferente, o novo provoca, educando o risco de ousar.

    Um grupo se constrói não na água estagnada do abafamento das explosões, dos conflitos, no medo em causar rupturas. Um grupo se constrói, construindo o vinculo com a autoridade e entre iguais. Um grupo se constrói na cumplicidade do riso, da raiva, do choro, do medo, do ódio, da felicidade e do prazer (...)" (Madalena Freire em: 
A Construção do Grupo)



domingo, 22 de setembro de 2013

Hora da colheita



    Mais um dia na Escola Casa Verde.

    Os alunos ( 5 e 6 anos) seguem para mais uma atividade no quintal da Casa Verde: uma colheita de frutas!

    Durante o passeio, aproveitam para reconhecer os espaços, comparar as diferenças entre as plantas que encontram pelo caminho: suas cores, texturas e perfumes...

    Entre o abacateiro e a plantação de abacaxi, visita de beija-flores e sabiás, conversas com as galinhas, descobertas de texturas...

"Educar é semear com sabedoria e colher com paciência. É impregnar de sentido o que fazemos a cada momento da vida. A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. Ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria." (Paulo Freire)



terça-feira, 10 de setembro de 2013

Escrita a céu aberto

...e eu aprendia em liberdade, escolhia pelo prazer, guardava pela importância... (Bartolomeu Campos Queirós)

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Jogos Dramáticos

Segundo Olga Reverbel, em seu livro "Um caminho do Teatro na Escola",  os jogos dramáticos podem ser uma ferramenta muito importante para o desenvolvimento das capacidades expressivas das crianças.



No jogo dramático , além da diversão,  as crianças podem liberar seus sentimentos mais profundos, suas fantasias e suas observações pessoais de forma espontânea, através da voz e do movimento.




Os jogos dramáticos formam, ao mesmo tempo, o senso crítico, o senso social e o caráter da criança. Isso porque, durante o jogo,  a criança tem que obedecer a regras nas quais é fundamental a aceitação de todos os colegas envolvidos no jogo, além do trabalho de cooperação entre o grupo.


Mas o que são jogos dramáticos?

São improvisações a partir de temas dados, onde a criança exerce a imaginação e a criação artística. É a expressão em sua forma mais essencial, é a criança em sua fala, sua atuação, sua imaginação e sua exteriorização.
É o momento da criança pensar, comprovar, relaxar, trabalhar, lembrar, ousar, experimentar, criar e absorver.
O objetivo é o prazer da brincadeira. Quando o prazer acaba, acaba o jogo. 

Sugestões de Jogos Dramáticos

- Representação de personagens, individualmente, em duplas, trios, grupos;
- Representação de animais e suas ações (ex: um gato bebendo leite);
- Representações que envolve mais animais (ex: fuga, luta, caça);
- Representação em grandes grupos (ex: o cortejo de um homem condenado à forca; pessoas numa sala de espera de consultório odontológico...).


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Sertão na Casa Verde


No dia da apresentação do espetáculo CAÇADA na escola Casa Verde,  as crianças puderam observar a preparação do grupo Sertão para o espetáculo: todo o processo de montagem, sabendo um pouco sobre cada instrumento e cada músico. 

Foi uma oficina espontânea  e divertida , que as crianças vivenciaram de maneira contemplativa e intuitiva, observando, sensibilizando e aprendendo. 




Caçada na Casa Verde

Além das Oficinas de Dança ministradas por Maria Fernanda Miranda, o projeto PAISAGENS CORPORAIS, em parceria com a ESCOLA CASA VERDE, realizou uma apresentação do espetáculo "CAÇADA - como raízes em busca d'água" para os alunos da escola e para a comunidade local.

Inspirados na Caçada da Rainha e na exuberância natural do Cerrado, o espetáculo CAÇADA é a culminância da primeira parte do projeto Paisagens Corporais e propõe uma grande celebração entre artistas e público. Do espetáculo, fazem parte os artistas cênicos Erica Bearlz, Rodrigo Cruz e o grupo musical SERTÃO.

Ao longo do processo de criação do Espetáculo de dança CAÇADA, conforme a ideia de "caça" foi aparecendo mais intensamente em nossos laboratórios corporais, tal ideia foi sendo estimulado nas oficinas de criação ministradas por nós mesmos para nós mesmos e também na escola-parceira Casa Verde, em encontros regulares com uma turma que compreende crianças de 2 até os 10 anos, com as quais compartilhávamos das músicas, histórias e exercícios corporais que vínhamos trabalhando no processo de concepção. 

Dinâmicas que foram da caça ao tesouro à caça ao silêncio. Com as crianças, assim como em nossos laboratórios corporais de criação, o sentido da palavra caça foi se transformando e ressignificando. Caça como "uma aventura em busca de". Assim, passamos a "caçar" ninhos de passarinhos, raios de sol, sentimentos de alegria, de tristeza, de pedra e de água. Esta "caça" sempre carregava uma transformação corporal, no tônus e na concentração das crianças. Em geral, todas participavam e se envolviam com as temáticas abordadas. 

E, assim, Erica e Rodrigo vieram aqui na Casa Verde, para "Caçar" tesouros escondidos, e aproveitaram para observar os passarinhos!!




Parcerias da Escola Casa Verde - Colégio Estadual Prof. Geraldo Ribeirão da Silva

Na Oficina de dança...
Maria Fernanda iniciou a oficina delimitando um espaço com fita crepe no intuito de demarcá-lo para receber a criação, o movimento, a sensação. Para as crianças, o espaço da sala modificado gerou um sentimento de receio sobre o que estava por vir, mas ao mesmo tempo estavam dispostas a participar desse mundo desconhecido. Ao longo da oficina percebemos o quanto essas crianças, que praticamente não vivenciam processos artísticos como esse, respondem com tanta criatividade e entusiasmo e anseiam por aprender mais.São crianças que mal sabem escrever o nome, mesmo com idade entre 7 e 11 anos. 
Se nesse breve momento as crianças responderam tão bem à proposta, como seriam se atividades assim fossem regulares?
Um pouquinho da oficina:


Desdobramentos



Em parceria com a Escola Casa Verde. o projeto PAISAGENS CORPORAIS convidou o  Colégio Estadual Prof. Geraldo Ribeirão da Silva para participar com seus alunos de uma Oficina de Dança Contemporânea ministrada por Maria Fernanda Miranda. 

A intenção da oficina foi possibilitar às crianças participantes uma experiência rica e prazerosa com o movimento corporal, percebendo suas potencialidades expressivas e criativas. 









Segundo Maria Fernanda:

"Quando Érica me convidou para essa parceria dentro de PAISAGENS, os pés foi o primeiro trabalho corporal escolhido para auxiliar na elaboração e desenvolvimento do inventário no corpo, bem como do processo de criação vigente. Considerado raízes de um corpo mastro, pronto para a dança, os pés possuem uma intima relação com a terra a partir de seus múltiplos apoios gerando um alinhamento de toda a estrutura óssea e muscular obedecendo os seus desenhos espiralados. Apoios esses, que no trabalho de sugar, amassar, mastigar, devolver e revolver, espalhar, dão inicio ao processo de descortinamento de uma paisagem que circunscreve nossa memória, gerando movimentos genuinos. E foram esses múltiplos apoios dos pés que trabalhamos em nosso primeiro encontro."

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Oficina de Dança na Casa Verde

Momentos na Casa Verde 


Lembrando a Oficina de Dança, realizada em 4 de abril de 2013, na Escola Casa Verde, ministrada por Maria Fernanda Miranda. 

Esta oficina fez parte do projeto “Paisagens Corporais”, que recebeu o Prêmio FUNARTE de Estímulo ao Circo, Teatro e Dança - 2010. 

A intenção da oficina foi compartilhar os elementos corporais que foram utilizados na concepção do espetáculo de dança CAÇADA. Possibilitar às crianças participantes uma apropriação desta experiência, a possibilidade de perceber quantas potencialidades expressivas e criativas existem em nosso corpo.




A OFICINA: CONSTRUINDO UMA PAISAGEM COM OS PÉS

Como parte integrante do projeto  Paisagens Corporais, essa oficina convida as crianças a também explorarem criativamente um dos elementos trabalhados dentro dos laboratórios de criação do referente espetáculo: OS PÉS.
Base de nosso corpo, os pés nos organizam para a dança oferecendo uma gama de possibilidades expressivas, permeando não só a percepção de sua estrutura músculo/esquelética, mas também o campo nas imagens e da memória.

A oficina possui três momentos:

•a primeira refere-se ao trabalho de propriocepção (sentido do movimento), percepção da estrutura músculo/esquelética, e a relação desse sentidos com o espaço que ocupam e a forma como ocupam, ativando, juntamente, a pele/corpo do grupo para que possam explorar criativamente os pés;


 •a segunda diz respeito a uma brincadeira/jogo dos pés, onde jogaremos os diferentes tipos de chão e suas qualidades de movimento, proporcionando um diálogo entre as crianças por meio das relações com o espaço que ocupam e se deslocam, com as variações rítmicas e com os objetos cênicos que integrarão a ação de Jogar/Brincar.

•A terceira parte diz respeito a expressividade por meio do desenho. Que paisagem meus pés construíram? Que paisagem gostariam de estar?


  Abaixo, um pequeno vídeo da oficina  
Construindo uma Paisagem com os Pés



terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Artes e Ofícios - Atividades Extracurriculares



Sob o mote das artes e dos ofícios, a Casa Verde oferece programação extracurricular em 2013. 
As atividades são realizadas durante a tarde, quase sempre no quintal, onde a sombra estiver mais generosa

Os grupos são formados por crianças a partir de 2 anos, e as dinâmicas programadas visam favorecer-lhes o desenvolvimento da criatividade e raciocínio lógico, da sensibilidade e sociabilidade, das noções espaciais, rítmicas e habilidades motoras. Cada proposta estimula a criança de uma forma específica, favorecendo-lhe a desenvoltura de maneira variada, íntegra e saudável. 


ATIVIDADES OFERECIDAS:

Música
Os participantes são estimulados a descobrir a arte musical através do contato com o ritmo, melodia, harmonia e também pela familiarização com notas e partituras musicais. 

E são estimulados ainda, pela iniciação no manejo de instrumentos variados
 como tambores, chocalhos, violões, marimbas e garrafosons.


Jogos Teatrais
 

Abarcam elementos da capoeira, dança, teatro, música, artes marciais, esportes, yoga, brincadeiras de rua e da cultura popular. 

                        
As atividades exploram as potencialidades do corpo através de ritmos, movimentos e diálogos. Propõem desafios que estimulam o raciocínio, a sensibilidade 
e a percepção das crianças.


Recriação de Utilidades
Envolve a leitura do ambiente, identificação de necessidades e motivação para solucionarem-se problemas de forma ecológica e sustentável. A atividade de recriação parte da utilização de elementos já descartados como madeira, cerâmica, papel, plástico etc, para transformá-los em objetos úteis e belos. Estimulando a consciência e a criatividade, aguça nas crianças o senso de responsabilidade ambiental associado à estética e as habilidades manuais na construção de utensílios.


Pilates para Crianças
Atividade lúdica que trabalha todo o corpo, baseada nos estudos de
 Fletcher Pilates. Fortalece grupos musculares importantes para a estrutura postural. 
Também favorece o equilíbrio e a consciência corporal, diminui a ansiedade e melhora a concentração e a atenção das crianças.



Dança
Trabalho corporal criativo que visa aumentar o repertório corporal e expressivo da criança. Experimentando e explorando os elementos da dança, em diversas dinâmicas, desperta a percepção musical, ritmo, coordenação motora e criatividade.


Balé Expressivo
Inspirado no trabalho de Barra ao Solo, explora gradualmente os fundamentos básicos da técnica do balé clássico. Respeitando as diferenças físicas individuais, fortalece, alinha e alonga o corpo, despertando a conscientização sobre suas potencialidades e limitações. Visa à harmonização do movimento, coordenação, concentração, musicalidade e memorização de exercícios.


Artes Circenses

Contempla malabarismo, equilibrismo, movimentos corporais, confecção de instrumentos e dinâmicas reflexivas. As atividades favorecem à alegria, o desenvolvimento da coordenação motora, noções de ritmo, tempo, espaço, lateralidade, agilidade de raciocínio e muito mais.






Jardinagem
O contato com a terra, areia, folhas e o aprendizado sobre as necessidades, particularidades, formas de reprodução e cultivo das plantas desperta nas crianças o senso de cuidado e respeito à vida. Com a sensibilização pelas atividades de plantio e manutenção das plantas, busca-se favorecer que as crianças estendam essas virtudes também às relações humanas.