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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016





A imaginação e criatividade nas crianças 


Criatividade e imaginação são palavras que usamos no nosso dia-a-dia com um sentido positivo e ainda mais quando falamos sobre as mesmas no desenvolvimento das crianças.
Mas o que é a criatividade e imaginação, e porque andam estas palavras na sua maioria das vezes acopladas uma na outra?
Criatividade envolve a criação de algo novo enquanto que a imaginação é uma faculdade mental que permite a representação de objectos com determinadas qualidades que são dadas á mente através dos sentidos. Agora imaginemo-nos a aplicar estas palavras ao desenvolvimento de uma criança, por certo todos consideramos importante que as crianças tenham imaginação e sejam criativas, mas de que forma fomentamos esta prática na vida das crianças?
A escola, a creche e o jardim-de-infância, são espaços fundamentais para desenvolver estes alicerces. No entanto, não devemos descurar outro contexto importante no desenvolvimento da criança: a família.
Na infância, as crianças observam o mundo que existe à sua volta, e têm uma confiança inabalável na sua imaginação. É nesse espaço que só elas conhecem, na sua mente que se estabelecem ligações inimagináveis, criativas e ilimitadas sobre o que somos, podemos ser, podemos fazer, imaginar e criar.

A sua importância

A importância que a criatividade tem ao nível do desenvolvimento da criança, do ponto de vista cognitivo, está relacionada com um conjunto de processos que ocorrem em simultâneo, de forma a obter novas ideias ou até usar territórios ainda não explorados na nossa mente.
Percebemos agora o porquê das crianças serem espontaneamente criativas. Os seus cerébros ainda estão em «expansão» no que concerne à sua utilização, ao fortalecimento das suas ligações neuronais que não tem um número limite, são infinitas. Mas, temos a certeza da importância de explorar ao máximo as capacidades das crianças, pois sabemos que com o passar dos anos esta expansão neuronal tendencialmente diminuí.
Inteligência é o resultado de duas palavras latinas: inter = entre e eligere =escolher,  significando a capacidade de compreensão das coisas escolhendo o melhor caminho.

O meio que nos envolve

Está provado que a nossa carga genética contribuí com 50% das nossas opções, e a restante e igual percentagem está atribuída ao nosso meio envolvente. Existem alguns estudos que atribuem uma maior percentagem para o meio. Atendendo à importância que o meio envolvente tem no desenvolvimento da imaginação e criatividade da criança, levam-nos a reflectir sobre o que potenciamos ou limitamos nas experiências que lhes proporcionamos, sejamos pais ou educadores.

Pistas para a imaginação

Uma das críticas efectuadas nos dias de hoje sobre o desenvolvimento das crianças é que muitas vezes proporcionamos –lhes quase tudo feito, deixando pouco espaço para que as mesmas possam descobrir, explorar, criar ou imaginar. As crianças querem-se imaginativas e criativas, para que possam treinar a sua mente para aprender e conseguir antever consequências de actos que podem acontecer.
Mas, o que podemos fazer? Podemos brincar! ”Mas isso já eu faço!”- dirão alguns pais, mas precisamos de brincar com intencionalidade, mas com a naturalidade que caracteriza a relação entre pais e filhos.
Sugestões:
-Pergunte ao seu filho como correu a escola. Faça isso como sendo parte de uma conversa sem que se torne rotineiro e com hora marcada (no sentido de tornar esta tarefa chata e aborrecida). Mesmo que já tenha este hábito, torne-o ainda mais desafiante para si e para o seu filho, problematize algumas coisas que ele lhe conta, pergunte-lhe a opinião sobre algumas coisas que conteceram e até como seria posssível resolver alguns assuntos que ele conta;
– Realize pequenas brincadeiras de faz de conta criando diferentes personagens, situações e histórias A borracha pode deixar de apagar e passar a ser um carro, uma nave, uma casa ou mesmo um colchão;
– Em casa tenham sempre uma caixa com diferentes materiais como: os tubos de papel higiénico, pauzinhos e conchas apanhadas na praia ou num passeio de campo, e construam objectos imaginados por voçes que depois servirão como novos brinquedos.
– Tenha, sempre que possa, disponível barro, terracota ou plasticina. Irá, sujar um pouco mais o espaço, mas poderá aproveitar também esses momentos de limpeza para proporionar outras experiências ao seu filho;
– Leia histórias ao seu filho (não interessa o tamanho das mesmas), o essencial é que proporcione o contacto com livros e outro material impresso, pois irão despertar o seu interesse e curiosidade pelo imaginário mas também pelo o código escrito.
– Construa livros com o seu filho. Pegue em folhas brancas e em imagens ou algumas fotografias das vossas férias. Faça a montagem com eles e deixe o texto para o seu filho construir de cada vez que estiver a ler as imagens;
– As tarefas quotidianas dos adultos podem ser rotineiras mas para uma criança são uma oprtunidade de descoberta ;
– Incentive a que o se filho tenha diferentes brinquedos para que os possa explorar de diferentes formas.
– Brincar no parque, subir e descer o escorrega, contornar obstáculos, saltar, aprender a dar balanço no baloiço, são actividades que estimulação e imaginação. Nesses dias poderão sempre ser os super heróis do parque e sempre que lá vão, temos um episódio diferente; 
Para apoiar a imaginação e a criatividade do seu filho aplique uma de duas regras: dispense dez minutos para estar realmente e apenas com o seu filho a brincar, ou então enquanto realiza uma qualquer tarefa, sente-o na mesa deixando explorar uma das brincadeiras mencionadas anteriormente e vá conversando com ele criando-lhe desafios. Pode não ver de imediato mas está a construir bases para o futuro.
Ken Robinson dá este exemplo: ”Se perguntarmos a uma turma do primeiro ano de escolaridade quem é que se acha criativo, todos levantarão a mão. Se fizermos a mesma pergunta a uma grupo de alunos mais velhos, a maior parte não se considerá criativa”.  O mundo é um lugar ilimitado e através da imaginação e criatividade das crianças descobrimos as soluções mais interessantes para resolver obstáculos na nossa vida.

Fonte:http://www.clinicadaeducacao.com

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016



Amizade na Infância - Nutriente para a Vida

A amizade ocupa um lugar valioso e central no desenvolvimento da criança e constitui sem dúvida uma ferramenta e instrumento ímpar para a saúde emocional de crianças e adultos.

Mas então o que caracteriza na realidade a amizade?

As relações entre amigos incluem: reciprocidade e intimidade; relação social intensa e normalmente frequente; capacidade de resolução de conflitos e desempenho mais eficaz de tarefas.
Ter amigos traduz-se em vantagens e benefícios imediatos, ausência de sentimentos de solidão.

E com as crianças como é vivida a amizade?

Os conceitos e vivências de amizade vão-se alterando ao longo da infância tornando-se progressivamente mais complexos até atingir a vivência da amizade como experiência que contempla a reciprocidade e intimidade.
As relações de amizade durante a primeira infância são pautadas pela proximidade, por relações temporárias e causais, pela regularidade e frequência da interação, o que significa que nesta etapa do ciclo de vida os amigos são regra geral os companheiros físicos que surgem muitas vezes nas brincadeiras no jardim. Neste sentido, nesta etapa a amizade, os amigos são entendidos em termos de proximidade física, muitas vezes apenas pelo tempo enquanto dura a brincadeira.
Durante a primeira infância, marcada por um pensamento egocêntrico, a criança não tem ainda a capacidade de viver e perspetivar as relações em termos de reciprocidade.
Viver é inevitavelmente “estar com”, consigo mesmo, com o outro, com o meio, com a sociedade e por isso mesmo as relações de amizade são nutrientes essenciais para o desenvolvimento da criança em todas as suas dimensões, concretamente no desenvolvimento das suas competências sociais, na gestão e regulação emocional, na promoção da empatia e capacidade de contemplar o ponto de vista do Outro e naturalmente na aquisição do comportamento pró-social.
As relações de amizade na infância proporcionam contextos ricos de aprendizagens e são ao mesmo tempo elementos facilitadores do desenvolvimento social e emocional da criança, contribuindo de forma valiosa para o ajustamento social e capacidade de adaptação da criança aos contextos, às mudanças e naturalmente às crises próprias de todas as etapas de desenvolvimento.
As relações de amizade na infância e indubitavelmente ao longo de todo o ciclo de vida preenchem um espaço ímpar na vida de crianças, jovens e adultos, assumindo um universo de funções, criam sentimentos de pertença, enriquecem a identidade, alimentam a auto estima, promovem o auto conceito e auto confiança e são fonte de segurança.
É no palco da amizade que as crianças experimentam emoções, treinam o pensamento, resolvem conflitos,lidam com a diferença e vão construído a sua personalidade e identidade pessoal e social.
Crianças capazes de criar, estabelecer e manter relações de amizade são naturalmente crianças mais felizes, mais ajustados do ponto de vista emocional e social, mais sociáveis e altruistas, na medida em que, ter amigos é efetivamente uma vacina eficaz contra a solidão, a ansiedade, a exclusão e um elemento fomentador de um sentimento de bem estar com a vida.
Resta agora mais uma questão, se é fundamental estabelecer laços de amizade é portanto obrigatório que as crianças tenham a oportunidade, o tempo e o espaço para poderem viver esta experiência.
Se pensarmos nas brincadeiras, cenário previligiado no qual as crianças ao longo da primeira infância estabelecem as suas relações de amizade, é necessário também apelar para a função das brincadeiras, do brincar como pilar para a iniciação das relações emocionais e sociais.
De certo modo, o brincar é a matéria prima para a construção de relações sociais durante a infância, é pois neste espaço e tempo do brincar e da amizade que as crianças encontram um palco ideal de experimentação, de expressão, de prazer e gratificação e de liberdade.
Na realidade, tal como no brincar, também a amizade se pauta pela liberdade e espontaneidade, não há obrigação, nem utilidade, tudo é voluntário, as brincadeiras e as relações.
É no universo das relações, da amizade que as crianças exercitam e desenvolvem as suas competências cognitivas, sociais e emocionais, resolvem conflitos, ganham e perdem, aprendem a reconhecer o “rosto do outro”, a identidade do outro, experimentam e aprendem a ter em conta o “espaço”, do amigo, os seus direitos.
É assim no brincar e na amizade, alegria, gratuitidade, emoção, relação, aprendizagem e muitas muitas conquistas.
É pois urgente espaço e tempo para cativar, criar laços, ter tempo para brincar e fazer amigos, é também este tempo que “perdemos” que faz dos nossos amigos seres tão especiais, fundamentais para a realização e desenvolvimento pessoal de cada um de nós.

Que tempo damos às nossas crianças para criar laços?

A amizade é ingrediente fundamental para uma receita de sucesso, crianças felizes, com desenvolvimento harmonioso, bem sucedidas e competentes, afinal tudo o que todos nós adultos aspiramos para todas as crianças e para nós, naturalmente.
Ensinar com o exemplo é de fato importante, por isso mesmo, cabe-nos a nós, adultos, Pais, Educadores e Professores ser modelos também neste âmbito, sermos seres sociais, disponíveis para a relação, para a cooperação e contribuirmos para que as crianças encarem a amizade como nutriente essencial para a Vida e alimento de segurança e bem estar.
Fonte:http://www.clinicanavegantes.com/index.php/blog/24-amizade-na-infancia

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016







Ariano Suassuna

Ariano Vilar Suassuna, advogado, professor, teatrólogo e romancista, desde 1990 ocupava a cadeira número 32 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é Araújo Porto Alegre, o Barão de Santo Ângelo (1806-1879).
Filho de João Suassuna e de Rita de Cássia Vilar, Ariano estava com um pouco mais de três anos quando seu pai, que havia governado o Estado no período de 1924 a 1928, foi assassinado no Rio de Janeiro, em consequência da luta política às vésperas da Revolução de 1930.
No mesmo ano, sua mãe se transferiu com os nove filhos para Taperoá, onde Ariano Suassuna fez os estudos primários. No sertão paraibano Ariano se familiarizou com os temas e as formas de expressão que mais tarde vieram a povoar a sua obra.
Em 1942, a família se mudou para Recife e os primeiros textos de Ariano foram publicados nos jornais da cidade, enquanto ele ainda fazia os estudos pré-universitários. Em 1946 Ariano iniciou a Faculdade de Direito e se ligou ao grupo de jovens escritores e artistas que tinha à frente Hermilo Borba Filho, com o qual fundou o Teatro do Estudante Pernambucano. No ano seguinte, Ariano escreveu sua primeira peça, "Uma Mulher Vestida de Sol", e com ela ganhou o prêmio Nicolau Carlos Magno.
Após formar-se na Faculdade de Direito, em 1950, passou a dedicar-se também à advocacia. Mudou-se de novo para Taperoá, onde escreveu e montou a peça "Torturas de um Coração", em 1951. No ano seguinte, voltou a morar em Recife. O Auto da Compadecida (1955), encenado em 1957 pelo Teatro Adolescente do Recife, conquistou a medalha de ouro da Associação Brasileira de Críticos Teatrais. A peça o projetou não só no país como foi traduzida e representada em nove idiomas, além de ser adaptada com enorme sucesso para o cinema.
No dia 19 de janeiro de 1957, Ariano se casou com Zélia de Andrade Lima, com a qual teve seis filhos. Foi membro fundador do Conselho Federal de Cultura, do qual fez parte de 1967 a 1973 e do Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco, no período de 1968 a 1972.
Em 1969 foi nomeado Diretor do Departamento de Extensão Cultural da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, ficando no cargo até 1974.
Ariano estava sempre interessado no desenvolvimento e no conhecimento das formas de expressão populares tradicionais e, no dia 18 de outubro de 1970, lançou o Movimento Armorial, com o concerto "Três Séculos de Música Nordestina: do Barroco ao Armorial", na Igreja de São Pedro dos Clérigos e uma exposição de gravura, pintura e escultura.
O escritor também foi Secretário de Educação e Cultura do Recife de 1975 a 1978. Doutorou-se em História pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1976 e foi professor da UFPE por mais de 30 anos, onde ensinou Estética e Teoria do Teatro, Literatura Brasileira e História da Cultura Brasileira.
Seu "Romance da Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai e Volta" publicado originalmente em 1971 teve a primeira edição. Relançado somente em 2005 teve sua segunda edição esgotada em menos de um mês, o que é uma coisa rara para um volume de quase 800 páginas.
Após sofrer um AVC hemorrágico, o escritor morreu aos 87 anos no Real Hospital Português de Recife.

Aqui morava um rei

"Aqui morava um rei quando eu menino
Vestia ouro e castanho no gibão,
Pedra da Sorte sobre meu Destino,
Pulsava junto ao meu, seu coração.

Para mim, o seu cantar era Divino,
Quando ao som da viola e do bordão,
Cantava com voz rouca, o Desatino,
O Sangue, o riso e as mortes do Sertão.

Mas mataram meu pai. Desde esse dia
Eu me vi, como cego sem meu guia
Que se foi para o Sol, transfigurado.



Sua efígie me queima. Eu sou a presa.
Ele, a brasa que impele ao Fogo acesa
Espada de Ouro em pasto ensanguentado."

Ariano Suassuna

O poema fala sobre o pai de Ariano Suassuna - João Urbano Pessoa de Vasconcelos Suassuna.


Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/ariano-suassuna.htm

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

A Reciclagem e as crianças


Saber reciclar todos os resíduos, respeitar o meio ambiente, e saber o que fazer para preservar nossa natureza, são alguns dos ensinos que nós, pais, podemos passar para nossos filhos. Somente assim eles crescerão com a mentalidade de que é necessário lutar e fazer cada um a sua parte para salvar e conservar nosso planeta.
E para isso só é necessário vontade, desejo e persistência. Vale ressaltar que o exemplo dos pais tem muito mais resultado que muitos discursos. No dia 17 de maio se comemora o Dia Mundial da Reciclagem. Mais do que comemorações, são necessárias atitudes dia após dia. A partir dos 3 anos de idade, as crianças já podem aprender a separar os resíduos.


Día Mundial da Reciclagem

No princípio, o ensino vem do exemplo que dão seus pais. Se, desde pequeno, a criança observa o cuidado e o hábito de separar os materiais (vidros, papéis, plásticos, etc.), também será levado a ter o mesmo comportamento depois. O cuidado com o meio ambiente começa dentro das nossas casas. Logo, a criança pode aprender mais detalhes da reciclagem e da reutilização de materiais na escola.
A reciclagem, em âmbito mundial, caminha ainda a passos muito lentos. Na Espanha, por exemplo, só se recicla 11% dos resíduos. Em países como Holanda e França, já se recicla de 30 a 50%.
O Brasil, mesmo quando comparado a alguns países desenvolvidos, apresenta elevados índices de reciclagem. O país desenvolveu métodos próprios para incrementar essa atividade e o maior engajamento da população pode contribuir ainda mais, para o aumento do índice de embalagens reaproveitadas.


Como explicar a reciclagem às crianças

Primeiro ensinando-as como selecionar o lixo e onde devemos depositá-lo. Os resíduos podem ser separados em 5 grupos: o de papel, vidro, plástico, restos de comida, e outros mais orientados ao óleo, brinquedos, pilhas, etc. Existem cinco tipos de lixeiras onde devemos jogar o lixo:

1- Lixeira azul: destinado para papel e papelão.
2- Lixeira verde: destinado para vidros, cristal.
3- Lixeira vermelha: para as embalagens de plástico e briks , fora os de metal.
4- Lixeira amarela: para as embalagens de metal e aço.
5- Lixeira marrom: para os restos de comida, ou seja, para a matéria orgânica e também para outro tipo de restos como as plantas, tampas de cortiça, telas, terra, cinzas, pontas de cigarro, etc.
6- Lixeiras complementares: para jogar restos de óleo, brinquedos quebrados e pilhas.


Por que temos que reciclar

É necessário explicar passo a passo porque temos que reciclar. As crianças precisam saber o porque das coisas para fazê-lo. É necessário fazê-las entender que a reciclagem existe para evitar a destruição do nosso meio ambiente.
Exemplos:
1- Papel – para fabricar uma tonelada de papel é necessário utilizar entre 10 e 15 árvores, 7800 Kw/h de energia elétrica e uma grande quantidade de água. Ao reciclar o papel, se reduzirá o corte de árvores, se economizará energia elétrica e uma grande quantidade de água. Além disso, estaremos protegendo animais como os insetos e os pássaros, que dependem muito das árvores para sobreviverem.
2- Vidro – O vidro é reciclável porque está feito de areia, carbonado de cal, carbonato de sódio, materiais que requerem muita energia para sua fabricação. Para fundir vidro descartável se requer menos temperatura que para fabricá-lo com matéria-prima virgem.
3- Aluminio - Pode-se encontrar alumínio em um mineral chamado bauxita. Para extraí-lo e processá-lo requer uma grande quantidade de energia elétrica, sendo que se obtivermos o alumínio reciclando-o, se economizará quase 95% de energia. 


O que podemos fazer para educar as crianças

Podemos seguir a regra dos quatro erres: reduzir, reutilizar, reciclar e recuperar. Reduzir a quantidade de lixo, reutilizar embalagens e sacos, reciclar materiais como o plástico, e recuperar materiais para voltar a utilizá-los.
Paralelamente à educação meio ambiental que devem dar aos seus filhos, os pais também devem seguir algumas normas como sugestão no seu dia-a-dia:
1- Escolher com cuidado os produtos que se compra, considerando as possibilidades de reutilização das embalagens.
2- Evitar comprar produtos com muita embalagem.
3- Sempre que for possível, reciclar os sacos de supermercado para envolver o lixo ou para levá-los quando vão às compras em feira, etc.
4- Reciclar os papéis que utilizamos em casa.
5- Evitar impressões de papel desnecessárias.
6- Fazer com que as crianças usem mais o quadro negro que os papéis.
7- Escolher papéis reciclados.
8- Comprar bebidas em garrafas recicláveis.
9- Usar lâmpadas de baixo consumo.
10- Difundir suas experiências de reciclagem com amigos e familiares. 

Fonte: http://br.guiainfantil.com/meio-ambiente/221-a-reciclagem-e-as-criancas.html





segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Sem parede e sem teto, mas com muito aprendizado

As aulas já começaram nas redes municipal e estadual de ensino na Grande Goiânia – e, em algumas particulares, também. Escolher a escola ideal para os filhos é uma missão importante para os pais que, claro, priorizam a educação de seus pequenos. E ‘sair do convencional’ é a aposta de muitos deles.
Atuando há quatro anos em Goiânia, a Escola Casa Verde – Da educação infantil até a primeira fase do fundamental, em Aparecida de Goiânia, tem uma proposta diferente do padrão tradicional. As crianças aprendem brincando, produzindo a arte e convivendo com a natureza. Desta forma, foge do sistema tradicional por trabalhar com ideologias de educadores que dedicaram parte da vida à busca de um modelo de ensino infantil mais adequado às crianças. O brasileiro Paulo Freire, o português José Pacheco e o suíço Jean Piaget são alguns exemplos dos pedagogos que serviram de inspiração para a definição da metodologia adotada pela instituição.
      João Batista, diretor administrativo da escola, em entrevista a  O HOJE, confessou que a escola sempre foi um sonho de sua família. E a realização deste sonho dos Lima, uma família de educadores vindos da Cidade de Goiás, se tornou realidade em 2011. Pela descontentamento do modelo ‘engessado’ do ensino tradicional, surgiu a vontade de fundar uma escola que despertasse o afeto das crianças, e, assim, surgiu a Casa Verde.
       A proposta da escola é não enclausurar os alunos e contribuir para que valores, como o respeito, a autonomia, a cooperação, a responsabilidade social e a sustentabilidade ambiental, sejam desenvolvidos no caráter dos pequenos. “Queremos criar pessoas que sejam criativas, questionadoras e que sejam interessadas no conhecimento e não na reprodução de antigos conceitos”, afirma o diretor administrativo, João Batista.
      Em sua maioria, as aulas na Casa Verde são ministradas ao ar livre; os instrumentos didáticos são os recursos naturais, como plantas e animais, que habitam a propriedade. Os alunos são divididos em grupos heterogêneos, e os mais experientes auxiliam os coleguinhas que tenham dificuldades. As matérias são desenvolvidas interdisciplinarmente, ou seja, ao mesmo tempo em que o aluno aprende a somar, também aprende a importância do solo para produção dos alimentos.
      O contato com a natureza e o desenvolvimento humano foram fatores condicionantes para que a cantora goiana de música eletrônica Ana Jukes matriculasse seu filho na Casa Verde. “Ele entrou com 2 anos, sem falar nada. Todo desenvolvimento foi através dessa escola. Hoje, ele é muito comunicativo. Ele fala corretamente, formula frases inteiras e usa palavras mais difíceis. O desenvolvimento dele foi muito grande”, explica a cantora.
      Para a designer de interiores Ana Cristina Parrode, que também tem uma filha matriculada na Casa Verde, é um privilégio que sua criança tenha contato com a natureza diariamente. “Naquela escola, temos o crescimento fundamental para a criança, ela aprende com o meio ambiente. Os diretores são surpreendentes! A escola não tem grades, não tem sinal. Dá vontade de estudar lá!”.
      Indagada sobre as vantagens da escola, Ana Jukes afirmou que a Casa Verde oferece muitas vantagens, mas que a questão do desenvolvimento humano e o contato com a natureza são fatores primordiais. “A criança que está na cidade não tem contato com a natureza. Lá na escola, eles fazem um link das disciplinas com a natureza, com a música e a arte. As crianças mais velhas cuidam das menores. Tudo é poesia e aprendizado”.
      Os professores da instituição fazem um trabalho praticamente individualizado quando compartilha o conteúdo acadêmico com os alunos. Geralmente, as crianças são divididas em duplas para que, deste modo, o aluno tenha atendimento preferencial, algo raro no ensino tradicional. O ensino teórico é intercalado com atividades lúdicas. 
      Para o renomado arquiteto goiano Fernando Parrode, que tem uma sobrinha matriculada na Casa Verde, o atendimento diferenciado foi o ponto crucial para escolha da escola. “Pesquisamos muito, visitamos muitas escolas até escolher a Casa Verde. Lá, ao invés de ficar trancada numa sala lotada de gente, a criança fica ao ar livre e em contato com a natureza. O ensino da criança é feito de forma lúdica e a prepara para cuidar da natureza e dos recursos naturais, tão escassos atualmente”, diz o arquiteto.
      Alunos com ou sem alguma particularidade no processo de inserção social e aprendizado aprendem, na escola Casa Verde, a conviver em sociedade, preservar o meio ambiente e a reutilizar objetos. Esta proposta diferenciada atrai a atenção de pais que desejam uma formação mais humanizada para seus filhos. A cantora Ana Jukes afirma que soube da escola por intermédio de uma colega de trabalho. 
      De acordo com a artista, a filha da sua colega chegou aos 6 anos, sem saber escrever, e já havia passado por várias escolas da cidade sem nenhum progresso, quando entrou na Casa Verde foi significativo o avanço cognitivo alcançado. Ana Jukes acredita que o estilo escola-chácara e o contato com a natureza foram cruciais para essa evolução.
      Uma das metodologias defendidas pela instituição é a união da teoria à prática. Os recursos lógicos e matemáticos são aplicados em situações cotidianas. Problemas matemáticos, por exemplo, são ensinados de forma simples como  na contagem dos ovos de uma galinha. O diretor da escola explica: “Aqui tem um galinheiro. A galinha botou 12 ovos, desses, ela tirou 8 pintinhos. Junto aos alunos, contamos quantos dias ela chocou, e vamos dividir os ovos em dezenas, dúzias e unidades”, exemplifica.
        Na Casa Verde, também não existe dia de prova. A avaliação do aluno é feita diariamente. O arquiteto Parrode acredita que, desta forma, a criança se desenvolve mais. “Não é repetição de conteúdo: quanto mais a criança se desenvolve, mais lhe é exigido. A que tem alguma dificuldade recebe atenção especial”, afirma.
      O professor acompanha o desenvolvimento acadêmico do educando e, conforme seu aprendizado evolui, é feito um relatório. Tal relatório será utilizado como nota em caso de transferência para outra escola.
     Apesar da liberdade oferecida pela instituição, há normas a serem seguidas. Os diretores dialogam com as crianças e estabelecem limites. Uma das regras é a não depredação do ambiente escolar e da natureza que os circunda: os próprios alunos colaboram na tarefa de fiscalização e cuidado. Caso alguém transgrida ao que foi pré-estabelecido, a consequência é a perda do direito de realizar alguma tarefa divertida.
      A designer de interiores Ana Cristina Parrode diz que muitos pais acham que o fato de a escola não ter horários fechados pode significar que a criança não estará preparada para frequentar uma escola tradicional no futuro: “A verdade é que ela fica totalmente preparada. As normas são respeitadas pelos alunos e, apesar de estarem livres, elas acabam delineando o espaço e aprendem a dividir e respeitar”.
      Essa proposta inovadora na educação é justificável. A família Lima, que dirige a escola, é formada por professores qualificados. A diretoria é formada por Elizete Lima, graduada em Letras pela UFG; também por João Batista e Eduardo Alves, ambos graduados em Gestão Pública pela UEG, e pela mestre em Literatura Brasileira pela UFG Elzita Lima.
      A Casa Verde ainda promove eventos culturais abertos ao público. No portfólio da escola, estão feiras de arte, trabalhos de expressão corporal, lançamentos de livros e oficinas. O mais recente foi a quarta edição da Roda de Leitura, que lançou a 1ª Feira de Cultura e Arte, em dezembro do ano passado. Os alunos, carinhosamente apelidados de “passarinhos”, participaram da produção de parte dos trabalhos divulgados no evento, que repercutiu ideais da escola, valores humanos e sustentabilidade.
      O foco é contribuir para que a criança tenha autonomia, discernimento e autoconfiança. E João Batista faz um balanço geral sobre o ano de 2015: “O aluno sai daqui lendo, interpretando e fazendo análises críticas do que ele leu. A criança aprende a ter senso crítico e manter o hábito da leitura. Quando ela vai para a escola tradicional, normalmente vai apta para uma classe adiantada”.
      Para Ana Cristina Parrode, as mudanças em sua filha foram evidentes. “Eu vi minha filha ser mais alegre. Ela aprendeu sobre sustentabilidade, a pensar no futuro, a respeitar o próximo e a se comover com tragédias ambientais, como a de Mariana”.  E, como  diz Ana Cristina, “na Casa Verde, as crianças não são aprisionadas, elas voam com as próprias asas”.

Reportagem jornal 'O Hoje' - 21/01/2016

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Oito dicas simples que ajudam seus filhos a praticarem a sustentabilidade 



Ao ensinar as crianças esses conceitos você cria um ambiente melhor em casa e ainda ajuda a preservar o meio ambiente


Parte importante da educação, cidadania e o respeito com o meio ambiente precisam começar em casa. A ajuda dos pais em conversas com seus filhos sobre o que é o consumo e seus efeitos, ensiná-los temas como descarte do lixo, explicar-lhes o que é e como funciona a reciclagem são iniciativas que ajudam as crianças a construir melhor entendimento sobre questões ambientais e desdobrá-lo em atitude e comportamento sustentáveis. De maneira complementar a essa educação ambiental doméstica importa a ajuda da escola e seus professores, algo fundamental. Existem instituições de ensino que se diferenciam pela apresentação dos conceitos e práticas da sustentabilidade aos alunos já em seus primeiros anos na escola, algo que vale à pena pesquisar na escolha do espaço que lhes ajudará a formar aqueles, que tanto ouvimos falar sobre, as tais gerações futuras.
Voltando para casa, há diversas formas de desenvolver o tema com a molecada e a criatividade não precisa de limites. Sugerimos algumas iniciativas legais que podem ser um bom começo.
Curta aqui dicas sobre como ajudar seus filhos a cultivarem uma visão mais ecológica e sustentável do mundo e suas relações:

Árvores

Uma forma de aproximar a criança à natureza é conversar sobre o que são as árvores, sua importância simbólica e prática, seus ciclos e ensiná-la a plantar uma. Aproveite para fazê-lo da forma mais descontraída possível. Acompanharem juntos o crescimento dela pode ser uma experiência das mais especiais.

Interruptores de luz com desenho de super-herói

Uma das melhores maneiras de se conservar energia em casa é desligando as luzes que não estejam sendo usadas, aquela lâmpada ligada onde não há ninguém a ser iluminado. E isso serve para todos os cômodos da casa, desde salas, quartos até banheiros e áreas de serviço. O ato de apagar a luzes é mais fácil para o adulto lembrar, mas para as crianças isso é parecido com memorizar a tabela periódica dos elementos ou a tabuada. Por isso, que tal um interruptor com o desenho do super-herói ou personagem favorito das crianças, para incentivá-las a apagar a luz. Aproveite para dizer que o Batman, por exemplo, está de olho para que apaguem as luzes.

Transforme o tempo de banho em uma corrida 

Se você conseguir encurtar o tempo de banho em sua casa por apenas um ou dois minutos, você vai economizar até 150 litros de água por mês. Para ajudar a acelerar o tempo de banho da criançada, aproveite para cronometrar o tempo deles no chuveiro e ofereça recompensas pequenas caso ele consiga bater o tempo estipulado ou se fizer um tempo melhor do que o último banho. Só que na regra da brincadeira precisa ficar claro que não vale pular a parte da higiene pessoal por causa de um prêmio. Se por acaso seu filho gostar de assistir ou praticar esportes que envolvem corrida, aproxime essa paixão ao cotidiano.

Bilhete perto da torneira do banheiro

Outra maneira de se conservar água é fechar a torneira do banheiro quando não a está usando. Certifique-se que seus filhos estão fechando a torneira enquanto escovam seus dentes. Vale lembrar que isso serve também para os adultos, quando estão fazendo a barba, passando fio dental ou qualquer outra higiene pessoal. Os mais velhos precisam dar o exemplo para os mais jovens seguirem. Coloque então um pequeno bilhete, por escrito, perto da sua torneira para refrescar sua memória e a dos seus filhos.

Brigada dos carregadores

Se suas crianças possuem seus próprios celulares ou quaisquer outros aparelhos, provavelmente elas também possuem um monte de carregadores. Mesmo quando não estão conectados a algum desses aparelhos, os carregadores continuam a consumir eletricidade, por isso é melhor desconectá-los quando não estiverem em uso. Se por acaso encontrar dificuldades na prática dessa regra, a associação descontraída da suspensão de alguma regalia por curto período de tempo associada a cada carregador encontrado plugado na tomada pode ser uma alternativa legal. E isso pode servir também para vídeo-games, TVs, aparelhos de som, etc.

Coloque as crianças no comando da reciclagem

Para mudança dos hábitos dos seus filhos, em qualquer assunto, que tal colocá-los no comando das ações? Atribua à molecada o controle da reciclagem, pois assim entenderão sua importância e darão mais valor à separação do lixo doméstico.

Dia de limpeza

Escolher um dia da semana como sendo o dia de limpar a casa. Chame seus filhos para ajudar retirando o que é lixo. Isso serve tanto para casa como na escola, em que um grupo de alunos interessados se junte para limpar a escola pegando lixo da própria e de suas calçadas mais próximas. Fazer um mutirão de limpeza, explicando a necessidade da coleta e destinação adequadas dos resíduos e os impactos no caso de não fazê-lo adequadamente.

Reaproveitando a água da chuva

Mostre as crianças que a água da chuva pode ser reaproveitada. Basta a criança colocar um balde fora da casa com uma pedra dentro, para não tombar, e esperar a chuva. Quando parar é só pegar esse balde e usar essa água para molhar as plantas que estão dentro de casa ou mesmo nos sanitários. Isso fica mais fácil de ser feito se você morar em uma casa, mas se morar em apartamento basta descer no térreo.
Fonte: http://www.ecycle.com.br/component/content/article/35/1285-oito-dicas-simples-para-ajudar-seus-filhos-a-entenderem-sobre-sustentabilidade.html

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

1ª Feira de Cultura e Arte


O Projeto Arte ao Relento marca o 5º ano da Escola Casa Verde. Esta edição contempla a 4ª Roda de Leitura e a 1ª Feira de Cultura & Arte. Novos espaços serão inaugurados e integrados aos ideais da Casa Verde.

Numa troca de fazeres, comungaremos encontros, vivências, apresentações e oficinas com produtores orgânicos, artistas plásticos, músicos, dançarinos, escultores, artesões, poetas, contadores de histórias, educadores, brincantes, aprendizes e claro, com os “passarinhos” da Casa Verde.

Haverá também troca de brinquedos, degustação de frutas do quintal, comidinhas e sucos naturais. As ações desta 1ª Feira, coerentes com a filosofia da Escola Casa Verde, promovem ideais humanos e sustentáveis num espaço harmônico e aconchegante.

A Feira acontecerá no dia 12 de dezembro, tendo iníco as 9 horas da manhã.

Mais informações na página do evento no Facebook